quinta-feira, 19 de junho de 2014

Jogo de Emoções

A final da Champions teve o condão especial de nos espicaçar as emoções. O Atlético esteve a pouco mais de 2 minutos de fazer história. E que história!
Nos 90m o Atlético foi, em minha opinião, a equipa mais próxima de ganhar o jogo. O facto de não ter tanta pressão como o Real fez com que a equipa colocasse em campo os seus princípios de jogo de um Modelo baseado numa boa e agre...ssiva organização defensiva com zonas de pressão que variaram entre a 1ª zona de construção do Real e "baixar" as suas linhas pressionando, apenas, dentro do seu meio-campo para ter espaço para contra-atacar.
O Real foi uma equipa que teve dentro de um "colete de forças" com alguns dos seus jogadores em fraco rendimento, ao que parece, por condicionamentos físicos. Embora mais pressionante e intenso na 2ª parte, a verdade é que o Real não dava mostras de conseguir empatar o jogo, a não ser por alguma ação individual dos seus jogadores. O empate aconteceu e no prolongamento o Real foi mais forte e acabou por justificar a vitória.
Da análise que faço, surgem-me algumas considerações:
O Real com 3 jogadores a 50% arriscou perder o jogo;
Diego Costa a 30% é melhor que Andrian a 100%?
Neste aspeto houve de ambos os lados a necessidade de ter os "nomes" mais fortes em campo.
Outra questão para refletir: Este Atlético vale mais pelo seu Modelo de jogo, pelas suas estratégias tacticas/técnicas ou pela sua Atitude Comportamental? É porque ainda há quem pense que saber de Futebol é só perceber como se trabalha no campo sendo a questão comportamental apenas acessória. É notório que no Atlético o seu Modelo de jogo contempla de forma igualitária todas estas vertentes. Considero que foram as competências mentais e, a forma como estas foram trabalhadas, o fator que levou o Atlético ao Sucesso desta época (mesmo perdendo esta final a época do Atlético é de sucesso...).
No Real, sendo um coletivo menos "trabalhado" é um coletivo com jogadores de maior qualidade individual que podem resolver um jogo numa ação de jogo (como aconteceu no 2º golo, por exemplo) mas também eles suportados por uma atitude comportamental forte que resultou numa crença que é trabalhada e não surge por acaso ou porque o treinador falou com os jogadores ao intervalo (como dizia o comentador...). Estas competências são trabalhadas regularmente nos clubes de top de forma séria e não só quando há jogos mais importantes. Porque Liderança, Motivação e Compromisso é tão (por vezes mais...) importante que fatores de ordem técnico, tático, físico...
Por fim, deixar umas palavras para quem comenta o jogo. Acredito que não deve ser muito fácil estar em direto e dizer, sempre, coisas acertadas. Mas dizer, sempre, o óbvio com tanta ligeireza, não só não ajuda quem pouco sabe do jogo como "enerva" quem tenta vê-lo com "olhos" de treinador.

Sem comentários:

Enviar um comentário