quinta-feira, 19 de junho de 2014

Há pouco um amigo contava-me que um certo colega treinador iria para um determinado clube. Na opinião dele, de forma injustificada, porque não tinha qualquer curriculum nem a experiencia para o desafio e que só iria por conhecimentos...
Por questão de principio, não avalio as decisões de outros. Não sei se estarão certas ou erradas. Acredito que quem as tome trace critérios para contratar um trein...ador.
Ao pensar nisto, foi inevitável pensar no meu caso pessoal. Sou treinador há 16 anos, tenho o III Nível com uma das notas nacionais mais altas, passei pela formação dos dois "grandes" clubes de Lisboa, treinei camadas jovens e fui coordenador. Treinei nas antigas 2ª divisão B, 3ª divisão Nacional, Pró-nacional e antiga Divisão de Honra de Lisboa (quando era a divisão mais alta da A.F.L.). Tive projetos vencedores (conquistei títulos e subi de divisão duas vezes) e outros falhados (embora não tenha descido de divisão). A vencer mas também quando perdia, fez-me crescer e acredito que me tornei melhor treinador. Tive a oportunidade de ser profissional por duas vezes: Uma recusei por motivos pessoais e outra por desacordo entre as partes.
Vejo-me agora numa "dupla" função: Continuo a ser Treinador de Futebol mas também Coach Desportivo ( ajudo outros treinadores a melhorem em competências como a Liderança, motivação, etc...) mas a paixão pelo jogo e pelo treino continua intacta desde o primeiro dia em que dirigi uma equipa. Embora, acreditando que somos nós que escolhemos o nosso caminho, numa coisa, este meu amigo tem razão, é que as competências "sociais", ou seja, a "socialização" junto de alguns dirigentes, empresários e outros agentes, é, infelizmente, uma competência tão ou mais válida que as competências relacionadas com os conhecimentos e perfil para a função de treinador. Por mim, o meu maior veiculo de promoção, enquanto treinador, tem sido os meus jogadores. E isso, dá-me prazer.

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