Já ninguém se recorda das inconstantes exibições de anos
anteriores em que o clube chegava, quase sempre atrás do F.C. do Porto e na
Europa a sua prestação era pouco mais de sofrível.
Quatro anos à frente dos destinos da equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica, o técnico Jorge Jesus revolucionou o
futebol do clube. Podemos dizer que o investimento nestes quatro anos foi muito
superior aos existentes em anos anteriores e por conseguinte, a qualidade dos
jogadores aumentou consideravelmente. A verdade é que nestes quatro anos os
adeptos do futebol assistiram a um jogo de qualidade. O seu Modelo assentava na
verticalidade do jogo, com transições rápidas, pressão alta, sempre com muita
intensidade em todos os momentos do jogo.
Para o adepto em geral, e os do Benfica em particular, ver um
futebol ofensivo com jogadores de qualidade é sempre motivo de apreço e de
elogio.
Então o que falha para em quatro anos só existir uma
conquista do campeonato?
Como explicar os fracassos em termos de resultados? A sensação
que se tem é de uma equipa forte na 1ª fase da época, fortíssima no meio da
mesma e depois fraca no seu término.
Um treinador como Jorge Jesus sabe que o Futebol hoje em dia
já não vive de ciclos de época. Que o importante é elevar os níveis da equipa e
depois mante-los até ao fim. Sendo assim que explicação para os consecutivos
insucessos nos finais de época?
A opinião dos adeptos do futebol centra-se no na gestão mal
elaborada por parte do treinador e por esse motivo existir uma sobrecarga aos
mesmos jogadores. Será apenas a fadiga o motivo?
Se analisarmos as exibições neste final de época para o
campeonato, nos jogos com o Sporting, Marítimo, Estoril e Porto vemos um
Benfica pouco audaz, de contenção e com intensidades mais baixas que o normal.
Contudo, a mesma equipa, os mesmos jogadores nos últimos dois jogos da Liga
Europa que coincidiram no tempo com os outros atrás referidos para o
campeonato, deixaram uma imagem de entrega, de clareza tática, de frescura
física e de intensidades altas.
O treinador sempre se referiu ao campeonato como o grande
objetivo atingir. Será que o Principal OBJETIVO do treinador era o mesmo
OBJETIVO dos jogadores?
Pelas exibições efetuadas nestes jogos referidos, diríamos
que não.
Sendo assim, cai um pouco por terra a ideia de fadiga. Em
minha opinião trata-se, sobretudo, de uma falha ao nível de comunicação, de
definição clara e da Hierarquização dos Objetivos para a época.
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